A aquisição de produtos e serviços em outros países com o comércio eletrônico tem impulsionado o cross border. Quer saber do que se trata? Venha com a gente neste artigo.

Com o avanço do e-commerce, as empresas vêm conquistando um público cada vez maior do que antes poderiam conseguir nos limites de uma loja física. Em um momento em que se debate as fronteiras da economia digital e novos acordos para vendas internacionais, o modelo de cross border vem chamando a atenção.

Cross border é a venda de produtos para outros países, a exportação ou a troca de mercadorias através de uma fronteira. Ela é uma das opções dos e-commerces para vender seus produtos a outros países. As outras são: contar com uma filial da empresa em outro país, o que envolve mais custos, ou encontrar alguém para revender a marca em outras terras, o que pode gerar impacto na experiência de compra.

Longe de ser algo simples, a estratégia de cross border requer muito planejamento e envolve o grau de aceitação dos produtos, a padronização dos processos, os custos operacionais, as exigências e as normas do país de destino, entre outras questões.

A opção impacta toda a logística, as empresas envolvidas precisam aprimorar as operações, pois a expansão das atividades requer um planejamento mais complexo que envolve as áreas tributária, de pesquisa de mercado e as parcerias comerciais.

Assim, a viabilidade do cross border depende da coordenação e da cooperação de várias partes, sejam elas empresas, transportadoras, sistemas ou órgãos governamentais. No entanto, é possível se preparar para minimizar as questões que envolvem o cross border e fazer dessa tendência uma oportunidade.

Os obstáculos podem ser divididos nas seguintes grandes categorias:

– Questões regulatórias, com as diferenças entre regiões dentro das próprias nações de onde a compra é solicitada. Além disso, várias categorias de

produtos, como alimentos, álcool, armas e antiguidades, entre outros, têm necessidades específicas.

– Métodos de pagamento e processamento de pagamentos, que variam em todo o mundo.

– Logística e logística reversa, uma forte vantagem competitiva para o comércio on-line.

– Prontidão organizacional, que envolve uma compreensão profunda de todos os mercados em que se pretende entrar via fronteira.

Como garantir que uma operação de cross border tenha sucesso?

Para alcançar o sucesso esperado com o cross border é preciso:

Definir a forma de exportação

Essa forma pode ser direta, em que a empresa fica responsável por todas as atividades de distribuição e entrega para os clientes. A operação apresenta o benefício de isenção de impostos (IPI e ICMS) no transporte, o que pode representar aumento da margem de lucro.

E pode ser indireta, em que os produtos são adquiridos por intermediadores (parceiros de negócio situados no país de destino) que assumem o compromisso de gerenciar toda a operação. Assim, a empresa não se relaciona diretamente com os clientes.

Precificar adequadamente

O ideal é levantar todos os custos, taxas e impostos envolvidos no envio e comparar o seu preço final com a média praticada no mercado de destino.

Disponibilizar informações

Investir na maior disponibilidade possível de informações sobre o produto, sem sobrecarregar o cliente, é importante para uma boa venda. Assim como investir nas informações atualizadas do status do transporte, para que o cliente acompanhe a entrega do pedido, o que gera confiabilidade e credibilidade.

Escolher um transportador fronteiriço

Entre as capacidades a serem consideradas ao se escolher um fornecedor de cross border, estão:

Segurança – Contempla tecnologia de acompanhamento e localização, alertas, motoristas certificados, frota com manutenção, planejamento de rotas seguras e seguro de responsabilidade civil por carga.

Ativos – Os melhores fornecedores investem em suas próprias unidades e equipamentos, e garantem sua disponibilidade.

Representação local – Conhecer bem os países, suas rotas, procedimentos alfandegários e negócios locais para garantir soluções rápidas e efetivas.

Opções multimodais – Que considere alternativas intermodais de acordo com localização, prazos, volumes e frequência, e que possa responder em casos de más condições climáticas e políticas.

Experiência – Selecionar a um operador que tenha bom tempo de experiência em carregamentos internacionais e que saiba lidar com imprevistos.

Produtos mais vendidos no cross border

Os bens físicos representam a maior porcentagem do volume geral de e-commerce do que os bens não físicos, e com o cross border isso não é diferente. Os segmentos que mais vendem nesse modelo são:

– Roupas, calçados, bolsas e acessórios.

– Saúde e produtos de beleza pessoal.

– Hardware de computador e itens relacionados.

– Joias, pedras preciosas e relógios.

Apesar dos desafios, o comércio eletrônico de cross border apresenta um enorme potencial de negócios para economias em crescimento no mundo todo. Muitas empresas têm enxergado uma excelente oportunidade de ampliar os negócios, aumentar o público e tornar a marca reconhecida internacionalmente, utilizando uma boa estratégia de cross border com auxílio de soluções em tecnologia.

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