19 de novembro de 2019 | 

O que é RFID na logística?

Muitas empresas vêm apostando na tecnologia RFID na logística para organizar melhor as operações e torná-las mais ágeis e eficientes. Quer saber mais? Neste artigo reunimos algumas informações sobre a tecnologia, suas vantagens e desvantagens.

RFID é a sigla em inglês para Radio Frequency Identification ou Identificação por Radiofrequência, um método de identificação automática via ondas eletromagnéticas ou sinais de rádio que captura dados. Para funcionar, necessita de etiquetas com microchips para armazenar informações, protegidos por um transponder (tag) de material plástico ou silicone, e de leitores para a captura dos dados codificados pelas etiquetas.

Essas etiquetas podem ser colocadas em embalagens, produtos ou equipamentos. O leitor identifica a etiqueta e armazena a informação. Para ajudar, antenas são colocadas em pontos estratégicos e um sistema de gestão gerencia os dados.

O RFID na logística é uma alternativa ao código de barras e contribui com toda a cadeia de suprimentos, pois agiliza o trabalho de controle de estoque e o processo de expedição, integrando-se com outras ferramentas para documentar entradas e saídas de mercadorias. Ao identificar e rastrear os produtos, melhora a produtividade, reduz os custos com a distribuição e colabora para um bom atendimento ao cliente.

A leitura, com o uso do RFID na logística, não precisa ser estática e em linha reta, como no código de barras. A distância de captura é superior à da leitora óptica, e assim é gravado um código único e inalterável para cada produto. Conforme o ambiente, a tecnologia alcança alturas superiores a 10 metros.

As etiquetas de RFID na logística podem ser:

  • Passivas – mais simples, apenas recebem e respondem ao sinal eletromagnético enviado pela base transmissora. Elas funcionam a curta distância e não iniciam comunicação por conta própria. Têm menor custo e vida útil maior.
  • Semipassivas – têm bateria, mas apenas alimentam os circuitos internos. Não criam novo sinal de radiofrequência para o leitor. Elas dependem do sinal desse leitor para se comunicar.
  • Ativas – são capazes de emitir e receber o sinal, pois são dotadas de bateria tanto para alimentar o circuito quanto para trocar informações. Com maior capacidade de armazenamento, permitem a realização de tarefas mais complexas.

Cada modelo de negócio pede uma solução específica de RFID na logística. O ideal é fazer uma análise criteriosa da operação e identificar o que necessita ser aperfeiçoado, otimizado. Além disso, simular como ficaria a operação ao aplicar cada modelo ajuda na escolha por eliminação.

Quais as vantagens do RFID na logística?

  • Alta capacidade de armazenamento, leitura e envio de dados;
  • Evita a necessidade de contagens periódicas de mercadorias;
  • Possibilita a leitura sem a aproximação do leitor, o que pode ser feito simultaneamente, com grande quantidade de produtos;
  • Não necessita de interrupção do fluxo de materiais para a leitura das etiquetas;
  • Melhora o reabastecimento, eliminando itens faltantes ou com a validade vencida;
  • Boa durabilidade das etiquetas, com possibilidade de reutilização;
  • Possibilidade da conferência de produtos fora do alcance visual;
  • Agilidade no processo de expedição e redução dos erros nas entregas;
  • Auxilia em sistemas antifurto e de prevenção de falsificação de mercadorias.

Quais as desvantagens do RFID na logística?

  • Custo elevado em relação ao código de barras e necessidade de estrutura para funcionar;
  • Necessita de padronização da frequência utilizada para que os produtos possam ser lidos por todas as empresas;
  • É inviável para monitorar objetos que tenham movimentação livre, a menos que se usem portais de RFID;
  • Sofre interferência de materiais metálicos e condutivos, uma vez que a operação é baseada em campos magnéticos;
  • O alcance das antenas pode variar dependendo da frequência utilizada e da existência de barreiras.

Por fim, depois de identificar o modelo que mais se adapta ao negócio e conhecer os prós e contras da tecnologia, chega o momento de verificar os materiais necessários para adaptar a operação. Nessa hora, deve-se levar em conta tudo o que pode interferir na boa execução do RFID na logística. Isso inclui a análise da colocação das etiquetas nos produtos e do modo de leitura a ser usado para conferir mais agilidade ao processo. Outro ponto importante antes de dar início ao uso da tecnologia de forma definitiva é a realização de testes em condições reais para observar seu desempenho na empresa e efetuar possíveis correções.

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