21 de julho de 2020 | 

Como calcular o inventário periódico?

Essencial para manter a competitividade das empresas no mercado, principalmente as de pequeno e médio portes, o inventário periódico permite acompanhar o balanço final de custos e produtos vendidos.

Quem lida com mercadorias sabe que a gestão do estoque é prática imprescindível para manter a competitividade e crescer no mercado, uma vez que grande parte do capital da empresa está investido ali.

O estoque faz parte dos ativos de um negócio e compõe parte do seu patrimônio. Por meio do inventário, é possível saber quantos e quais itens estão armazenados e monitorá-los. Essas ações são fundamentais para aprimorar a capacidade de resposta às demandas.

Todo o acompanhamento é estratégico, pois ajuda a prevenir desperdícios e controla o giro dos produtos. Com o inventário do estoque é possível otimizar a gestão, reduzir perdas e furtos e aprimorar o atendimento ao cliente.

O significado de inventário pode se resumir a uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque e armazenados pela empresa, interna ou externamente. E é frente a essa lista que dois sistemas diferentes de inventário podem realizar o levantamento dos Custos das Mercadorias Vendidas (CMV):

1 – Inventário Permanente

Nessa opção o controle é feito de forma imediata, geralmente por um sistema eletrônico de dados que permite a obtenção do CMV a qualquer momento. Em outras palavras, a empresa controla as mercadorias de modo permanente e dá baixa no estoque em cada operação de venda. Desta forma, a cada movimento é possível saber o valor das compras, o estoque final e o CMV.

Vale ressaltar que a utilização do inventário permanente necessita que a Contabilidade mantenha controle sobre qualquer movimentação nos estoques, sempre que houver entrada e saída de produto.

2 – Inventário Periódico

Aqui as vendas não são controladas imediatamente, ou seja, a CMV acontece no final de cada período. Nesse sistema é feita a contagem física, a apuração extra contábil para a determinação do estoque no encerramento do exercício. Não há controle de mercadorias a cada venda no inventário periódico e, no momento da contagem física do estoque, deve ser atribuído a ele o custo das últimas entradas como valor unitário das mercadorias.

Cabe ao gestor decidir a melhor forma de controlar o estoque da companhia, dependendo do potencial de investimento do negócio. Mas, geralmente, as empresas de pequeno e médio portes preferem o inventário periódico. Primeiramente, por terem dificuldade de manter um inventário permanente; depois, porque ele possibilita que tenham acesso a diferentes dados, como o acompanhamento dos resultados, ou seja, o balanço final de custos e o dos produtos vendidos.

Para realizar o inventário periódico, no entanto, é imprescindível que haja um bom alinhamento da equipe quanto à aplicação, já que ele se baseia na contagem física de produtos – e isso exige exatidão na apuração unitária das mercadorias. Vale lembrar que os números não são atualizados de modo automático com esse sistema.

Trocando em miúdos, no inventário periódico a atualização só acontece quando for feita uma nova verificação. Não é difícil concluir que esse modelo se alinha melhor com as organizações que não trabalham com grandes movimentações de estoque.

Qual a importância do CMV?

O CMV ou Custo de Mercadoria Vendida é o valor da mercadoria levando-se em conta a aquisição de produtos e insumos e o processo de pós-venda, que pode trazer itens de volta ao estoque. Sempre é bom frisar que tudo o que está no estoque representa um valor com potencial para ser vendido, composto por matéria-prima ou produtos finalizados.

Em vez de medir o lucro, o CMV parte da premissa de que o sucesso de determinado produto não é apurado pela quantidade de saídas do estoque, mas pela quantidade de itens que sobraram, uma vez que a armazenagem pode representar prejuízo para a empresa.

As fórmulas do sucesso

Como o nome sugere, o inventário periódico é feito em intervalos e permitido pela legislação do imposto de renda. Ele torna possível apurar os custos em um determinado período, que pode ser um mês, um bimestre, um trimestre, um semestre ou um ano, conforme o interesse da empresa. Esse tipo de inventário, que necessita da contagem física dos itens, geralmente acontece no fechamento do balanço patrimonial, ao final do exercício.

Para a apuração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) ou o Custo dos Produtos Vendidos (CPV) no inventário periódico, o cálculo é o seguinte:

CMV ou CPV = Estoque Inicial (EI) + Compras (C) – Estoque Final (EF)

Da fórmula acima é possível chegar ao Resultado com Mercadorias (RCM), que, para fins gerenciais, corresponde ao lucro ou ao prejuízo obtido nessas operações, em determinado período, desta forma:

RCM = Vendas (V) – CMV ou CPV

A conclusão a que se chega é a de que um bom controle de estoque pode trazer muitos benefícios aos negócios e, principalmente, manter firmes as rédeas da empresa. Afinal, ninguém controla o que não pode contar. Além do mais, com o inventário periódico a empresa pode implementar estratégias para chegar à maximização dos resultados.

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