Formas de envios e frete: conheça as opções e saiba como obter os melhores resultados.

Que a experiência de compra, se bem executada, mantém o cliente satisfeito e atrai vários outros não é novidade. O “pulo do gato” está nas formas de envio. Entre elas, a mais conhecida é feita pelos Correios e pelas transportadoras. No primeiro caso, tudo depende do volume, funciona com e sem contrato e cabe ao simulador de frete do marketplace apontar o valor da entrega de menor custo. No caso das transportadoras, será preciso definir o valor conforme os intervalos de CEP e o peso do produto.

Na divisão logística da Mercado Livre, por exemplo, conhecida como Mercado Envios, os lojistas podem utilizar a negociação do canal com os Correios para enviar as próprias mercadorias aos clientes, que podem consultar a melhor opção de frete. Essas formas de envio estão disponíveis para empresas parceiras e apenas para algumas categorias de produtos.

Os varejistas podem sentir a necessidade de utilizar múltiplos canais de venda, ampliando, assim, a visibilidade de seus produtos. Entretanto, é preciso estar atento a todas as formas de envio da operação, para que o recebimento de pedidos, logística e atendimento sejam eficientes em todos os lugares. Ao explorar novos canais, será necessário adequar o negócio para recebimento de um grande fluxo de pedidos e planejar uma gestão que englobe todos os novos marketplaces de maneira otimizada.

No ano passado, a briga entre Mercado Livre e Correios pelo preço do frete foi feia. As companhias se uniram e protestaram contra o aumento a partir de 8% no preço, considerado por elas abusivo e antidemocrático. De acordo com a revista Exame, a mudança considerava valores diferentes para entregas realizadas dentro de uma mesma cidade, entre capitais ou entre estados. Por conta dessas diferenças, o reajuste poderia chegar a 51%. Todo o movimento rendeu uma liminar suspendendo o aumento, que prejudicaria principalmente moradores de cidades distantes.

Já as transportadoras não têm limites de peso ou dimensões para as mercadorias, o que torna a opção adequada às lojas virtuais que vendem produtos acima dos 30 quilos, ou quando a soma dos produtos ultrapassar esse limite. Além disso, essa opção é a que oferece menor risco de paralisações e greves.

Para a maioria dos consumidores, que está em busca de opções de envio fáceis, rápidas e confiáveis, a expectativa é a de que mais varejistas utilizem as formas de envio omnichannel para que se mantenham competitivos. Por exemplo, um cliente pode solicitar um produto on-line para retirada na loja.

A Amazon foi pioneira no transporte de um dia. Muitas empresas estão copiando o sistema de lockers estilo Amazon chamado Hub. A nova iniciativa aceita pacotes de qualquer remetente por meio de qualquer mensageiro e aumentará ainda mais as demandas de remessa graças à sua conveniência.

De olho na velocidade das entregas, a Mercado Livre está às voltas com o aplicativo Mercado Envio Flex, que permite entregas no mesmo dia ou no dia seguinte da compra usando a proximidade com o comprador a seu favor, descentralizando os pedidos. Uma rede de transportadores das vendedoras faz a entrega, que é rastreada, e pode ser realizada a pé, de bicicleta, de moto ou automóvel.

Nos Estados Unidos, as entregas estão vivenciando um mercado com baixa oferta de caminhões e alta demanda de frete. Uma das razões é a escassez contínua de drivers. Ano após ano, os motoristas mais velhos estão se aposentando e menos motoristas mais jovens estão ocupando esses lugares, pois o trabalho é difícil, envolve longas horas, longas distâncias, ficar longe da família por muito tempo. Contar com menos motoristas significa ter menos caminhões na estrada, o que vem elevando as taxas de frete.

As soluções estão chegando ao mercado internacional com o auxílio da tecnologia. Entre elas, o Uber Freight, lançado recentemente, que é essencialmente um aplicativo para frete e opera como o serviço de compartilhamento de carona do Uber. A ideia de veículos autônomos também é promissora. A Tesla já revelou seu caminhão elétrico, que tem um alcance de 500 milhas com uma carga. A falta de estações de recarga, no entanto, ainda impede o impacto significativo desse modelo nas formas de entrega das indústrias.

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