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Sanca Galpões.
30 de junho de 2020 | comércio eletrônico logística
Analisar a compatibilidade do tipo de frete que a empresa de transporte oferece com o negócio que necessita de entregas é o primeiro passo rumo ao sucesso no mercado. Quer saber mais? Acompanhe o artigo.
Todo empresário sabe que precisa oferecer bons produtos e serviços para satisfazer seus clientes. Só que, antes disso, é necessário também que ele faça uma boa gestão dos negócios – principalmente dos custos – para que a companhia mantenha a competitividade.
Não é sem motivo que a escolha da empresa de frete de acordo com o tipo de negócio é essencial, pois colabora para a agilidade e a segurança da entrega – diferencial de mercado de qualquer companhia. Com a evolução do e-commerce somada à modernização das operações de transporte, fica clara a importância de conhecer bem as opções de frete com as quais seja possível trabalhar para aumentar a produtividade e melhorar a rentabilidade dos negócios.
Entre os tipos de frete, estão: normal, subcontratação, redespacho e vinculado multimodal. No que diz respeito à responsabilidade pelos custos, há o CIF (sigla em inglês para “custo, seguro e frete”), pago pelo remetente; e o FOB (sigla em inglês para “livre a bordo”), em que o frete é pago pelo comprador. Quanto às características da carga, os tipos de frete se dividem em lotação (carga fechada) ou carga fracionada. Para completar, o valor e o peso da carga também podem ser considerados na escolha do melhor frete.
Leia mais em: https://sancagalpoes.com.br/o-que-e-carga-fracionada/
O fato é que os variados tipos de frete têm influência direta na forma de cobrança do serviço executado e determinam não só a responsabilidade pela entrega, como também a produtividade e a rentabilidade do negócio.
Destacamos algumas dicas para escolher o melhor frete para o seu negócio:
1 – Quanto à responsabilidade pelos custos
Indicado para empesas que vendem para o consumidor final por e-commerce. Pelo processo ser mais simples, é o mais utilizado. Quem contrata esse tipo de frete deve saber que as despesas são pagas na origem da carga. O contratante terá de se responsabilizar pelo manuseio e pela entrega ao cliente final, e os custos totais são diluídos no valor do produto. Em alguns casos, o CIF pode ser indicado também para negócios entre empresas, o B2B, quando o vendedor negocia grandes volumes com a empresa transportadora.
Quanto aos impostos, eles incidem sobre o valor do frete e o da mercadoria. O cliente paga um valor único, que representa a soma do preço do produto com impostos, seguro e frete. Tudo isso é considerado como base de cálculo do ICMS.
Esse tipo de frete é o oposto do CIF: o comprador assume todos os custos e riscos de todos os processos logísticos. Essa é uma opção segura, e o pagamento do frete é feito após a entrega da carga. É muito utilizado nas negociações B2B e costuma ser a opção dos compradores que têm condições mais interessantes de negociar e gerenciar o transporte do que o vendedor. Nessa opção de frete, os tributos são específicos dos serviços de transporte, e o valor é calculado separadamente.
2 – Quanto aos modelos de frete
É o tipo mais comum. A transportadora coleta a mercadoria no remetente e a entrega no destinatário. São aplicados os impostos designados para o tipo de regime da empresa, ou conforme legislação do estado.
Quando a transportadora escolhe não realizar a entrega e contrata outra empresa de transportes para fazer isso. Pode-se considerar que esse modelo de contratação de frete agrega valor, porque colabora para entregas mais eficientes e expansão de rotas. Algumas empresas dispensam o uso do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), a não ser que seja exigido pelo contratante. Há casos em que ele pode ser emitido sem a incidência de impostos. Vale consultar um contador.
Essa operação utiliza duas operadoras para realizar a entrega. Esse tipo de frete geralmente é a opção de quem deseja otimizar a entrega e reduzir os custos, uma vez que o destino está fora das rotas habituais.
A indicação desse modelo acontece quando, na mesma entrega, há mais de um meio de deslocamento, como rodoviário, ferroviário ou aéreo. A modalidade exige documentos eletrônicos específicos, como o CT-e Multimodal e CT-e Vinculado a Multimodal. Nesse modelo de frete, geralmente a transportadora é contratada por um Operador de Transporte Multimodal (OTM) para realizar o serviço em um dos modais adequados. Também é possível optar pelo transporte intermodal, que utiliza mais de um modal para concluir a entrega.
3 – Fretes x Características das cargas
Esse é mais um caminho para orientar a opção de frete, pois alguns atributos das cargas podem interferir em prazos, na execução do transporte e nos custos da operação. Assim, a carga pode ser dividida em fracionada ou lotação.
Comporta pedidos com poucos itens ou volume reduzido. Ideal para quem quer carregar um veículo com produtos de vários clientes que devem dividir os custos do frete.
Opção para entregas de grande volume que ocupam toda a capacidade do veículo. Nesse caso não há compartilhamento do frete e elas seguem diretamente para seus destinos.
4 – Fretes x Valor da carga
Se a carga contempla mercadorias valiosas, como produtos farmacêuticos, por exemplo, vai exigir veículo mais protegido e, em alguns casos, até com escolta. Por isso o custo do frete será maior, puxado, inclusive, pelo seguro.
São os casos em que a carga é areia ou adubo, por exemplo. Nessa situação, o preço do frete tende a ser mais caro que o preço unitário da mercadoria e se faz necessário um bom acordo de preço com a empresa de frete.
5 – Cargas leves ou pesadas
O peso da carga também pode interferir na opção de frete.
Cargas pesadas ocupam pouco espaço, mas toda a capacidade de peso do caminhão. Vale ressaltar que esse tipo de carga impede que se complete o espaço disponível com mais mercadoria e isso faz com que o frete fique mais caro, com um custo maior por unidade.
Com as cargas leves e de grande volume, o frete é mais caro, pois elas limitam a possibilidade de carregar mais produtos no mesmo veículo. Por esses motivos, algumas empresas estabelecem um peso mínimo para viabilizar a entrega, evitando que o caminhão saia com um volume muito pequeno de mercadorias.
6 – Nacional ou internacional
Com relação aos tipos de transporte, vale observar se é nacional, ou seja, se as empresas estão em solo brasileiro, ou se é internacional, quando há importação e exportação, situação em que precisam atender às regras e leis vigentes, com procedimentos específicos.
No geral, todo cuidado é pouco!
Entender as modalidades e verificar qual a mais vantajosa são os primeiros passos para escolher o melhor frete para o negócio. Outros cuidados também são necessários, entre eles:
– Verificar o custo-benefício com relação à distância a ser percorrida;
– Observar se o tipo de transporte escolhido é adequado às características do produto;
– Verificar a segurança da rota até a região de entrega, pois isso pode interferir nos custos, inclusive do seguro;
– Evitar modais lentos e/ou muito burocráticos, caso tenha pressa;
– Pesquisar a credibilidade da empresa de frete e a qualidade dos serviços antes de contratar.
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