18 de junho de 2019 | 

Como a Amazon incentiva as pessoas a abrirem empresas de distribuição?

O objetivo da iniciativa é compensar custos de frete e frequência de entregas na distribuição de pequenas encomendas.

Que a Amazon cresce em ritmo acelerado todo mundo já sabe. O que a maioria das pessoas nem deve saber – dado o sucesso da empresa – é que ela enfrentou sérias dificuldades relacionadas à distribuição de produtos no início de suas atividades, há quase 25 anos. A expansão rápida, a demanda crescente e a falta de estrutura para atender à oferta de uma grande gama de categorias de produtos aos consumidores quase puseram tudo a perder.

A verdade é que a logística não era o forte da empresa. A falta de organização imperava nos centros de distribuição por conta da frequente queda de sistemas e produtos pelo chão do armazém. Após muito improviso, várias estratégias implementadas ajudaram a organizar a confusão, e a empresa logo se tornou referência no comércio eletrônico.

Até 2013, no entanto, a dependência de transportadoras ainda era grande e os atrasos nas entregas, frequentes. A solução foi providenciar uma frota própria e centros de triagem mais próximos dos clientes. Além disso, as parcerias com empresas aéreas para garantir entregas mais rápidas ajudaram a resolver grande parte dos problemas sobre distribuição.

Não à toa, a Amazon tem experimentado outros meios de transporte para as entregas, como táxis, bicicletas e até mesmo drones. A empresa passou também a utilizar caminhões de companhias privadas, serviços de frete marítimo, e construiu grande número de armazéns para abrigar o estoque e manipular os envios, visando resolver os gargalos da distribuição.

O Programa Prime está entre as boas estratégias da empresa, pois fez com que os consumidores se tornassem assíduos, motivados pela entrega em dois dias. No início, o programa provocou muita perda de dinheiro por causa do alto custo dos envios expressos. Felizmente, o serviço foi aprimorado aos poucos, e as assinaturas cresceram.

A Amazon sabe que é mais fácil despachar caminhões abarrotados de encomendas para distribuição do que garantir o transporte de um único pacote. Afinal, se o volume de frete e a frequência de entregas não compensarem os custos de combustível e o tempo gasto, a última milha ficará cara demais.

Sempre em busca de inovações, a gigante do varejo lançou, em 2018, um programa de parcerias desenvolvido para assegurar a entrega imediata de artigos aos clientes Prime. O objetivo da empresa com a iniciativa é incentivar a criação de pequenas empresas de distribuição para ajudá-la com a demanda. Os interessados têm descontos em carrinhos de entrega com o logo da empresa, uniformes, combustível, seguro, entre outros benefícios. O investimento mínimo é de US$ 10 mil, com a expectativa de gerar, anualmente, US$ 300 mil em lucros.

Em maio deste ano, a Amazon comunicou que está oferecendo aos funcionários a quantia de US$ 10 mil para que se demitam e se tornem empresários independentes para a distribuição. O incentivo também inclui três meses de salários para os trabalhadores que queiram iniciar a própria empresa de distribuição, o que pode ser bem vantajoso, uma vez que ela garante o volume. A ideia da empresa é reduzir o uso do serviço postal norte-americano para as entregas, bem como o da FedEx.

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