18 de fevereiro de 2019 | 

Tendências em logística: reposição de produtos tecnológicos

A reposição de produtos tecnológicos em centros logísticos requer tecnologia e cuidados específicos.

O avanço da tecnologia e do e-commerce vem tornando os produtos eletrônicos cada dia mais procurados pelo consumidor. O comércio de televisores, aparelhos de som, computadores, celulares, ou mesmo de peças e componentes eletrônicos, entre outros, está em franco crescimento. Uma olhada no estoque desses produtos tecnológicos, no entanto, mostra que ele requer cuidados, pois trata-se de produtos bem frágeis. Logo, armazená-los de forma inadequada pode gerar prejuízos.

O trabalho deve levar em conta desde aspectos físicos do depósito, como controles de temperatura e umidade, até questões sobre qualidade da gestão, como controles de produtos em estoque e acesso. Algumas empresas optam por fazer a gestão internamente; outras optam pela terceirização. Em ambos os casos, a tecnologia pode e deve ser grande aliada no gerenciamento da movimentação desses itens, principalmente quando não se tem conhecimento aprofundado sobre a logística específica que envolve o armazenamento de produtos tecnológicos.

Para começar, todo produto que entra ou sai precisa ser registrado, para evitar ou identificar extravios. O trabalho pode ser feito por prateleiras inteligentes, que registram o momento em que o produto foi movimentado. Outro ponto importante é observar o tempo de validade: um componente eletroeletrônico precisa estar em condições ideais para ser montado. Os que têm substâncias químicas em sua composição, por exemplo, perdem rapidamente a eficiência. Por essas e outras, um armazém bem gerenciado deve priorizar a saída dos produtos tecnológicos na ordem em que foram comprados.

Quando se trata de um armazém grande e com diversidade de SKUs, o uso de tecnologias de gestão de armazéns torna-se essencial. Por meio desses sistemas, é possível fazer previsões de demanda, ou seja, planejar quando será necessário adquirir um novo lote de determinado produto tecnológico. De maneira simples, é possível ter acesso rápido a todos os itens, uma vez que o software permite buscar a localização de cada um deles.

O acompanhamento de rotina dos níveis de estoque nos sistemas de informação, normalmente um ERP ou um WMS, é muito importante, principalmente para os produtos tecnológicos. Alguns desses sistemas possuem alarmes e notificações ligados a limites pré-estabelecidos, ou mesmo algoritmos que ajudam a identificar tendências e prevenir rupturas ou excessos. Assim é possível saber, por exemplo, quando determinado item já entrou no estoque de segurança e requer reposição rápida. É igualmente importante conhecer a capacidade técnica e operacional dos fornecedores em atender as demandas com precisão e rapidez. Em situações emergenciais, esse apoio é fundamental.

Manter a sintonia entre a demanda e as operações exige conhecimento constante sobre o sell-out, ou seja, o consumo real dos produtos tecnológicos. Se as vendas se repetem em quantidade mês a mês, a gestão fica facilitada, porque fica possível definir intervalos fixos tanto para a compra quanto para a reposição de estoque. Em algumas empresas, quando os números apresentam variação grande, a parceria com fornecedores envolvendo EDI (troca eletrônica de dados) pode ser uma alternativa para assegurar a reposição na velocidade adequada, que pode até mesmo ser diária, em muitos casos.

A Via Varejo, por exemplo, lança mão da tecnologia para otimizar logística e estoque. De acordo com o Portal No Varejo, a metodologia para integrar logística e estoque foi a de Planejamento de Distribuição (DRP), que combina técnicas de gestão de supply chain com programação de um software específico para a análise de distribuição da cadeia de produtos. Os algoritmos inteligentes de reposição direcionam os estoques para os locais corretos em quantidades ideais, evitando excessos e faltas de produtos, aumentando o giro de estoque.

Essa prática levou a empresa a reduzir em 30% a falta de produtos nas lojas, bem como os itens comercializados via e-commerce e o excesso de produtos em estoque. Além do DRP, foram utilizadas mais duas tecnologias integradas: o intercâmbio eletrônico de dados (EDI), que digitaliza todo o processo de trocas de informação, dados e documentos, e o portal de agendamento de entregas de produtos.

Em outro caso, desta vez em lojas físicas de eletrônicos e celulares, o desafio é constante para equilibrar o ritmo de reposição dos estoques com o aumento da demanda. Segundo reportagem de O Globo, as operadoras de telefonia concentraram seus investimentos para reforçar equipes de inteligência e segurança. A Vivo, por exemplo, tem feito análise sistemática com equipes de logística e canais especiais de abastecimento de unidades localizadas em regiões consideradas críticas. Já a Oi passou a operar com uma cobertura de estoque mais justa e acompanhamento mais próximo de vendas para reabastecimento.

O que acontece, na verdade, é que o varejo teve de se preparar para garantir estoques suficientes e, ao mesmo tempo, não amargar prejuízos elevados caso se torne alvo de grupos criminosos. A conclusão a que chegam os especialistas foi a de que o risco é menor ao concentrar os produtos em um centro de distribuição que abasteça as lojas sob demanda.

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