10 de março de 2020 | 

Prime Air, da Amazon

Amazon aperfeiçoa modelo de drone de entregas, mas ainda depende de regulamentação para que esse tipo de serviço possa funcionar.

A Amazon saiu na frente na corrida para realizar a entrega correta no local certo e no menor tempo possível. É que em 2013 ela anunciou o plano de realizar esse trabalho por meio de um drone de entregas.

A ideia do CEO da empresa, Jeff Bezos, que parece ser mais do que uma jogada de marketing, vem evoluindo para tornar o processo de entregas mais rápido e dinâmico, embora ainda esbarre em alguns trâmites legais dessa nova forma de transportar a mercadoria até o cliente final.

O primeiro drone de entregas da empresa, quase um quadricóptero, evoluiu para um modelo híbrido –parte aeromodelo, parte helicóptero–, alimentado com dados armazenados na nuvem. O aparelho é capaz de corrigir o percurso e reconhecer elementos em rota de colisão, tomando medidas em tempo real para evitar qualquer tipo de contratempo.

O Prime Air, como foi batizado o sistema, tem como protagonista um drone de entregas elétrico autônomo, que reconhece o local onde vai pousar para deixar a mercadoria e ainda retorna ao ponto de origem.

Vantagens do novo modelo

Com design especialmente desenvolvido para levantar voo horizontal e verticalmente, o novo drone de entregas da Amazon percorre, aproximadamente, 24 quilômetros (15 milhas), carregando um pacote de até 2,2 quilos (o que representa mais de 85% das compras feitas na empresa) em apenas 30 minutos, com estabilidade e segurança. Segundo a empresa, a integridade do produto está garantida até a sua entrega.

O Prime Air atinge uma altura de 120 metros (equivalente a um prédio de 40 andares) e só é capaz de fazer entregas expressas, uma por decolagem, num raio de aproximadamente 20 quilômetros do centro de distribuição, embora possa ir mais longe. Livre do trânsito e dos veículos de transporte, o drone de entregas reduz os danos ao meio ambiente, já que não emite gases poluentes.

Voo ainda não é livre

A Amazon tem centros de desenvolvimento do Prime Air nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Áustria, na França e em Israel e vem trabalhando em modelos para diversos ambientes: alguns maiores, para cargas mais pesadas; outros para entregas em ambientes acidentados ou na rota de locais cuja segurança é baixa.

O único obstáculo para esse voo da tecnologia tem sido a regulamentação do governo norte-americano: lá a lei define que qualquer veículo aéreo não tripulado não pode ser utilizado de forma comercial. Então, mesmo que a entrega fosse gratuita e acontecesse em solo americano, o drone de entregas não teria permissão para circular, pois estaria relacionado à aquisição de produtos.

Segundo a empresa, esse tipo de entrega será implementado quando e onde houver suporte regulatório necessário para realizar a operação com total segurança. A tendência é que o uso do drone de entregas se torne comum até 2025.

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