21 de janeiro de 2020 | 

Quais são os métodos de controle de estoque?

Você sabe quanto vale o seu estoque? Tem um inventário do que há disponível para a venda? Se a resposta a essas perguntas é não, a competitividade da sua empresa pode estar em risco.

O estoque é um dos pilares da empresa, já que todas as movimentações logísticas e comerciais dependem dele. Por isso, mantê-lo sob controle é ação estratégica para quem quer se dar bem no mercado. O controle de estoque envolve toda a organização, o planejamento e o controle do fluxo de mercadorias, o cadastro de produtos e o controle de vendas até a emissão da nota fiscal. Ele está diretamente ligado à gestão de compras, vendas, financeira, de marketing e até de frotas.

Qual é a importância de um bom controle de estoque?

A boa gestão garante que não haja falta nem excesso de produtos armazenados, qualquer que seja o modelo de negócio. Ou seja, não faltam produtos para o consumidor final, nem sobram no armazém. Do contrário, poderia haver gastos desnecessários, diminuição da margem de lucro e impacto nos cálculos de operação da empresa. Portanto, o controle de estoque, além de reduzir custos, ainda previne erros, como furtos, quebras e prazos de validade vencidos. Para o cliente esse cuidado impacta positivamente na imagem da organização, o que garante-lhe maior credibilidade.

Adotar métodos de controle, análise e custeio dos produtos é fundamental para os resultados dos negócios e para a rotina dos outros departamentos. Antes realizado manualmente pelo uso de planilhas, o controle de estoque era passível de erros graves, que podiam comprometer o faturamento das empresas. Foi graças à chegada de novas tecnologias e métodos inteligentes que todo esse processo tornou-se mais simples e seguro.

Vale ressaltar que a falta de um inventário ainda se destaca entre os erros mais comuns cometidos pelas empresas. Por outro lado, a conferência de itens tem se mostrado prática importante, que deve ser frequente para garantir o controle das mercadorias e identificar divergências. Afinal, ali estão concentrados ativos importantes que comprometem diretamente o capital de giro da empresa.

A armazenagem correta é outro ponto que merece atenção, pois evita avarias e estragos nos itens. Automatizar o controle de estoque também é decisão estratégica, pois diminui a incidência de falhas.

Quais são os principais métodos de controle de estoque?

1 – PEPS – Primeiro a entrar, primeiro a sair. Isso quer dizer que as mercadorias mais antigas devem ser vendidas primeiramente. A metodologia está entre as mais utilizadas, principalmente por quem lida com produtos perecíveis. Ela colabora para o controle da validade dos produtos, evita perdas e facilita a gestão logística. O método PEPS otimiza o ciclo de vida das mercadorias e permite uma reposição mais rápida. Esse tipo de controle de estoque também facilita a gestão financeira da empresa ao trabalhar com o preço de custo por unidade do estoque, em vez da média do preço de custo de todas as unidades. Além disso, é o método contábil utilizado pela Receita Federal para calcular tributos.

2 – UEPS – Último a entrar, primeiro a sair. Trata-se de um controle de estoque eficiente para o planejamento da produção ao permitir ajustes rápidos nos preços e nas quantidades a serem fabricadas de acordo com o consumo real. Ele pede maior atenção à rotatividade de produtos e não é recomendado a quem trabalha com perecíveis. Nesse método, o cálculo do custo dos itens vendidos é baseado no valor dos produtos mais novos em estoque. No entanto, ele tende a reduzir a margem de lucro operacional das empresas, uma vez que, no momento da apuração, os fatores externos momentâneos são repassados ao preço de custo da mercadoria. Por esse motivo, ele não é aceito pela Receita Federal. O recomendado é usar o PEPS na precificação do estoque.

3 – Custo médio – Média Ponderada Móvel. Um dos métodos mais eficientes de controle de estoque, pois prioriza as aplicações dos custos médios. Por ser aceito pelo Fisco, é utilizado por empresas de diversos portes e segmentos, e está voltado ao custeio de materiais. O valor do estoque é recalculado sempre que entram novas mercadorias, considerando a média ponderada de todos os valores. Somam-se os custos do primeiro lote com os do segundo e divide-se pela quantidade total de produtos. Essa opção faz com que o preço médio do patrimônio estocado ofereça rentabilidade mediana segura.

4 – Just in Time – “Momento exato” em inglês. Aqui, o nível de estoque é mantido na menor marca possível, com a quantidade de mercadorias capaz de atender uma demanda de curto prazo. Tal metodologia de controle de estoque ajuda na redução de custos com armazenamento e compra de produtos, mas necessita de acompanhamento minucioso para evitar a perda de vendas e de fornecedores parceiros. Ao utilizar esse método, é importante estabelecer um ponto em que o estoque atinja o nível de segurança e gere um alerta de reabastecimento.

5 – Curva ABC – Esse tipo de controle de estoque leva em conta três fatores: giro, faturamento e lucratividade. Utiliza três tipos de produtos, que podem ser identificados pelo sistema ERP: A, os principais, que trazem lucratividade, faturamento e têm giro razoável; B, os de alto giro, que representam lucro e faturamento; e C, os pouco procurados, mas que precisam estar presentes no estoque, mesmo sem valor expressivo. O método ajuda a descobrir quais produtos são realmente mais rentáveis que outros e melhora a receita da empresa.

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