Como veículo autônomo, a empilhadeira traz alta produtividade e maior segurança para pessoas e produtos na movimentação e armazenagem.

A robótica vem tomando conta do mercado rapidamente e a expectativa é a de que, em breve, seja responsável por boa parte dos trabalhos nas indústrias. De acordo com a Federação Internacional de Robótica, em 2015 a média chegava a 301 robôs para cada 10 mil funcionários na Alemanha, seguida pela Espanha, com 150 robôs, e pela França, com 127. No entanto, a maioria das empresas geralmente investe em robótica para a área industrial, o que significa que ainda há espaço a ser explorado na logística para armazenagem e movimentação de cargas.

Muitas soluções estão chegando ao mercado e as empilhadeiras estão despontando nessa fila, evoluindo rapidamente para o modo autônomo ou AGV (Automated Guided Vehicles) empilhadeira, projetada para funcionar sem operador e fazer tudo o que uma empilhadeira comum faz. Elas são elétricas, funcionam em rede com direção automatizada e são equipadas com sistemas de radar e câmeras que permitem a visualização do ambiente ao redor. Funcionam com um software de inteligência artificial, geralmente testado em outros veículos inovadores.

Esses sistemas cuidam da navegação e do gerenciamento da operação dos veículos, visando à alta produtividade e mais segurança de pessoas e produtos. A empilhadeira autônoma é capaz de se deslocar com precisão em corredores estreitos e posicionar cargas paletizadas em estruturas porta-paletes ou em outras soluções de estocagem. Com cálculo do posicionamento, essa empilhadeira pode atuar no processo de estocagem, por exemplo, de um palete a 10 metros de altura. As instruções sobre qual posição colocar ou retirar um palete partem de um computador central. Algoritmos sofisticados calculam a posição ideal de cada palete, levando em conta a data de chegada e a data prevista de saída.

Como é mais precisa e, em geral, mais compacta, sem espaço para o operador, a empilhadeira autônoma é capaz de operar em corredores estreitos, o que significa custos menores de uso por metro quadrado de área e consumo menor de energia. Além disso, uma AGV empilhadeira pode trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, sem intervalos ou horas extras.

Não é difícil imaginar, no entanto, que trazer a empilhadeira autônoma para armazéns ou plantas industriais possa significar a substituição de capital humano por máquinas. Mas não é o que vem acontecendo, pelo menos não de forma geral. Algumas empresas passaram a gerenciar a transição de forma mais abrangente, proporcionando aos colaboradores o treinamento para outros tipos de trabalho, criando, assim, novas oportunidades.

Em centros de distribuição, por exemplo, a interação homem-máquina pode ser um bom investimento, principalmente na separação de pedidos – uma das tarefas geradoras de custo de mão de obra. Com a empilhadeira autônoma será possível reduzir esse custo e o tempo da operação, fazendo com que ela siga o selecionador de produtos e fique estrategicamente posicionada para minimizar a distância e o esforço necessários para colher e colocar o produto no palete de espera.

A agilidade nesse processo começa quando o selecionador recebe informações sobre o pedido por um fone de ouvido e a empilhadeira se posiciona automaticamente, com garfos na altura certa. Os itens, então, são imediatamente colocados sobre o palete. Um novo pedido é enviado e a empilhadeira se desloca para a próxima posição do selecionador. Quando o palete está quase cheio, o sistema envia outra automaticamente com um palete vazio, enquanto a primeira, com a carga completa, segue para a área de despacho. Assim, a tecnologia também pode colaborar para o aumento da produtividade do CD.

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